O público se interessa por cinema nacional de qualidade e vai assistir
Gonzaga, de pai para filho, em cartaz nos cinemas de todo o Brasil e deve ser obrigatório – um pouco de nossa cultura com nossa história musical.
A qualidade de fotografia e interpretação dos atores nos faz acreditar que esse novo
cinema brasileiro tem alguns exemplares muito especiais e me faz escolher este a outro filme qualquer... a liberdade de escolha, inclusive horário, que estou adorando...
O reencontro de
Gonzaguinha com o pai desenvolve um carinho demonstrado nas cenas finais.
A
trajetória de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, é contada em partes, intercalada com alguns momentos
de papo entre pai e filho. A grande semelhança do ator Júlio Andrade com Gonzaguinha é
impressionante e o ator Nivaldo Expedito que faz o pai surpreende pelo talento – a veracidade
com que o representa enquanto jovem é emocionante. Tem a participação da atriz Nanda Costa que faz a mãe, a diferença entre um trabalho no cinema e outro
na tv é grande... participações muito especiais de Silvia Buarque, Zezé Motta, entre outros talentos.
Ainda que o ritmo das músicas não me entusiasme, o filme
me deixou emocionada – provocou aquele arrepio peculiar que sentimos num bom espetáculo como num show onde Gonzaga canta de graça para uma multidão - ao assistir algo de
alto nível comprova-se que não é necessário apelar para piadas de mau gosto ou eternos
clichês como favelados com traficantes e polícia... e o cinema nacional pode
investir mais em estilos diversificados para mostrar ao mundo que temos talento.
Direção de Breno Silveira.
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