sexta-feira, 11 de março de 2011

O DISCURSO DO REI - cinema

Primeiro vem a fala, depois aparecem problemas como gagueira e língua presa (descrito no filme por Churchil)... a nobreza com seus títulos e, por fim, o trono -que confere um status nem sempre almejado - requer uma voz firme e imponente para que o povo acredite e confie... as técnicas de dicção de um ator de teatro ajudam o Duque de York a superar o problema de gagueira e assim fazer seu discurso na rádio, após ser coroado rei, no começo da 2ª guerra mundial, onde as pausas necessárias para respirar e não gaguejar tornam o discurso mais emocionante - o ator usa esse detalhe para dar emoção ao personagem e conquistar o público definitivamente.
Para quem viveu no meio teatral, como eu, é um delírio esses momentos de exercícios vocais com 2 atores igualmente brilhantes em seus papéis.
Oscar de melhor ator para Colin Firth e a indicação de Geofrey Rush como coadjuvante, e muito já se escreveu a respeito, mas não é um filme comercial - numa sessão à tarde tinha pouco mais de 20 pessoas no Arteplex frei caneca.
Obs: eu atuei em grandes auditórios como o Teatro Guaíra (Guairão) e o Teatro Cultura Artística em tempos em que ainda não se usava microfones e o preparo vocal era importante... percebo que minha voz flui naturalmente até agora... saudades do teatro...

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