Texto de Renato Borghi, escrito originalmente para Dina Sfat, foi encenado por um lobo -Raul Cortez- no final dos anos 80, e mais de 20 anos depois é encenado por uma loba -Christiane Torloni-na adaptação para uma versão feminina- ela se entrega ao personagem de forma até exagerada-salvo momentos em que está ensaiando uma tragédia grega-, um bom preparo físico e um fôlego de espantar-ela começa antes do início do espetáculo andando no fundo do palco- e entra aquecida, sem ter aquele tempo de apresentação normal do personagem com baixos e altos... mas se torna forte e gigante em cena-valorizada pelo figurino.
Leonardo Franco volta com o mesmo personagem e Maria Maya (filha de Wolf Maya) é o contraponto que aparece para formar o triangulo amoroso e mostra que é bem melhor no teatro.
Renato Dobal faz uma participação e chama a atenção da platéia provocando risos...
Figurinos de Fabio Namatame modernos e funcionais e o cenário de Jean Pierre Tortill suntuoso que mais parece uma instalação (exposição).
Direção de José Possi Neto.
Com esta parte da ficha técnica(que chama a atenção) e elenco afiado é o que bastaria para um sucesso... apenas um detalhe incomoda, o mais importante -texto- um discurso sobre preferências sexuais, paixões e relacionamentos homossexuais causaram algum impacto há 20 anos... e embora não discuta apenas assuntos relacionados, muitos anos se passaram e o mundo GLS mudou bastante-nem existia parada gay ou shopping gay caneca.
E, na platéia, uma inquietação- não pelo tema- pelo tempo de duração do espetáculo-muito longo e repetitivo.
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